segunda-feira, 20 de agosto de 2012

FÉ PERDIDA!

Vossas luxuosas mansões eram prisões erguidas com as mentiras que trouxeram sobre nós o conforto sorrateiro de lembranças devoradas pelo tempo e promessas de alívio em um destino fabricado. E nem o colérico brado de redenção aprisionado em seus corações guiou-lhes além de sua própria loucura e agora temem. Insensatos. Perdidos, suplicarão qualquer destino, dê-lhes um e irão, sem jamais lembrar quem foram. Não. Aquele sol negro é frio e reflete o devorador de vossos sonhos infantis, não aquece, nem afasta vossos medos. E onde antes havia calor, restou-lhes o vácuo existencial, devassidão, e essa tão distante esperança, desfeita como fumaça na vastidão febril de um horizonte esquecido. Escravos de vossos erros potáveis, pecados sacros, conduzidos ao inferno por vossa própria estupidez. Condenação é a mandíbula da besta que invocaram. Sem glória, escondem a face no escuro. Filhos do abismo vagando entre os destroços decompostos daquilo que teu reino um dia fora. Não há de suportar o frio dos dias que restam. Não há quem reitire a mortalha que encobre todos dias que se foram.

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